sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
lembrei-me....
Poema em Linha Reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,Indesculpavelmente sujo,Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,Que tenho sofrido enxovalhos e calado,Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachadoPara fora da possibilidade do soco;Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigoNunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humanaQue confessasse não um pecado, mas uma infâmia;Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?Eu, que venho sido vil, literalmente vil,Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Fernando Pessoa(Álvaro de Campos)
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
apetece-me....
Apetece-me tomar-te de assalto e fazer-te refém das minhas vontades.
Do meu afecto.
Apetece-me que te apeteça também.
Apetece-me ser crescida e poder ter destes apetites.
Apetece-me dar mais de 21 gramas a uma alma magra de alegrias.
Apetece-me não me enganar.
Apetece-me que não me enganes.
Apetece-me guardar o passado e aguardar o futuro.
Apetece-me que os afectos tenham uma existência concreta.
Apeteces-me. Sem aditivos. Sem corantes. Mas com conservantes.
respondes-me : Apeteces-me...simplesmente.
hummmmmm :D
Olha, afinal acho que já não me apeteces assim tanto...
sábado, 22 de novembro de 2008
seguindo assim.......
esta musiquinhas é para ti, eu gosto muito, mas mesmo muito :D
Getting Away With It
(All Messed Up)
Are you aching for the blade?
That's OK, we're insured
Are you aching for the grave?
That's OK, we're insured
We're getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
Daniel's saving Grace
She's out in deep water
Hope he's a good swimmer
Daniel plays his ace
Deep inside his temple
He knows how to serve her
We're getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
We're getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
Daniel drinks his weight
Drinks like Richard Burton
Dance like John Travolta
Now
Daniel's saving Grace
He was all but drowning
Now they live like dolphins
We're getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
We're getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
We're getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
Oh, getting away with it all messed up
Getting away with it all messed up
That's the living
Getting away with it
We're getting away with it
That's the living
That's the living
como nos divertiamos na tenda!!!!!
beijosssssss minha amiguêeeeeeeee
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
apetece-me....
Chop Suey!
System of a Down
We're Rolling Suicide
Wake up [Wake up]
Grab a brush and put a little makeup
Hide the scars to fade away the shake up
[Hide the scars to fade away the]
Why'd you leave the keys upon the table?
Here you go create another fable
You wanted to,
Grab a brush and put a little makeup
You wanted to,
Hide the scars to fade away the shake up
You wanted to,
Why'd you leave the keys upon the table?
You wanted to
I don't think you trust
In, my,self righteous suicide
I, cry, when angels deserve to DIE!
AAAAAAAAAAAAAHHHHH!
Wake up [Wake up]
Grab a brush and put a little makeup
Hide the scars to fade away the
[Hide the scars to fade away the sh...]
Why'd you leave the keys upon the table?
Here you go create another fable
You wanted to,
Grab a brush and put a little makeup
You wanted to,
Hide the scars to fade away the shake up
You wanted to,
Why'd you leave the keys upon the table?
You wanted to
I don't think you trust
In, my, self righteous suicide
I, cry, when angels deserve to die
In, my,self righteous suicide
I, cry, when angels deserve to die..
FATHER!(FATHER!)
FATHER!(MOTHER!)
FATHER!(FUCK YOU!)
FATHER!(AAAAHH)
Father into your hands,
I commend my spirit
Father into your hands
Why have you forsaken me?
In your eyes forsaken me
In your thoughts forsaken me
In your heart forsaken, me oh
Trust in myself righteous suicide
I, cry, when angels deserve to die
In myself righteous suicide
I, cry, when angels deserve to die...
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
quase....
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
mas que geração rasca........
Esgota-se o tema em si mesmo de cada vez que concluo, trauteando pensamentos entre um dizer e outro, que cada geração, imbuída das particularidades do seu tempo, dá à luz pessoas brilhantes e comuns ou - deveria dizer - pessoas que se distinguem socialmente e outras que se fundem na massa homogénea do anonimato; bons profissionais e medíocres; pessoas cultas e desinteressadas, familiarmente integradas e sólidos independentes. Não é disso que me cabe falar, ainda menos julgar. Parece-me inconclusivo e até desnecessário.
Permitam-me, contudo, a ousadia de questionar esta sociedade de facilitismos. Não posso deixar de sentir as vísceras contorcerem-se de cada vez que me deparo com professores a dissertarem para uma sala vazia ou quase pedindo licença para ensinar uma plateia demasiado ocupada entre a azáfama dos telemóveis e da conversa sobre a vizinha do lado. Há palestrantes a mendigar audiência pelos corredores... Entristece-me, não posso negar, cai-me como um seco murro de raiva no estômago. Houve tanta gente a lutar para que pudéssemos ter o conhecimento ao alcance da nossa sede, todos os dias, que me parece de todo desprezível a indiferença quase a rasar o desrespeito que habita os olhos dos meninos de hoje.
De que serve instituir faltas de presença nas aulas e créditos a seminários, falseando uma responsabilização que deveria brotar espontaneamente das consciências? Sem qualquer réstia de moralismo, o que digo vem de um profundo desgosto que me rói e da vergonha de uma geração que confunde tirar uma licenciatura com saber ser e de um país que o permite. Levámos o paternalismo de toda uma nação pós-salazarista, imersa em culpas e traumas, a um extremo que em nada nos eleva. Pelo contrário. Fizemos das nossas crianças pequenos ditadores, tudo em nome de uma formação livre de rejeições, segundo os ditâmes da psicologia dita moderna. Qualquer "não" dito na mais tenra idade poderá causar uma ferida profunda que se repercutirá em cada gesto para o resto da vida. Presumo que estejamos a considerar que vivemos num país de pessoas intrinsecamente perturbadas, à força de bastantes gritos e um punhado de estaladas numa infância cega a métodos pedagógicos e alheia a computadores!
Chegámos a um ponto de ruptura. Somos todos formados e cidadãos europeus, mas nunca saímos do país, nem aprendemos senão a decorar e, quem sabe até, com um certo jeito, a colar a matéria dos manuais no exames. Continuamos a ser a sociedade dos "chicos espertos", mas agora perfeitamente legítimos e justificados, afinal porquê trabalhar quando haverá alguém que nos levará ao colo? Os esforços, maiores ou menores, dos nossos pais conquistaram-nos um lugar ao sol e, por isso, merecemos dedicar-nos o resto da vida ao diletantismo. Até porque há uma espécie de semi-divindade que nos coloca numa posição de superioridade face aos comuns mortais. Nós podemos, é a palavra de ordem. Mas e o que é que nós fazemos?
Não me interpretem mal. Era urgente mudar, apaziguar o autoritarismo e dar garantias às gerações vindouras. Mas isso não é sinónimo de retirar toda a carga de responsabilidade, consciência e experiências (boas e más) que compõem a vida de qualquer pessoa. O crescimento também se faz de quedas, que ensinam lições de humildade. Estamos a criar pessoas inúteis, que vivem através da televisão e a qualquer adversidade se trancam no gabinete do terapeuta. Vamos mostrar às nossas crianças o prazer de um fruto arrancado com as nossas próprias mãos, a satisfação de um reconhecimento merecido. Vamos desligar a televisão e explicar-lhes que não há um público a avaliar os nossos passos e que é a nós mesmos que devemos primeiramente o respeito de sabermos que conquistámos o nosso espaço. Vamos ensinar-lhes que a auto-estima se constrói de lágrimas e suor e do deleite de saborearmos o caminho. Vamos gerar um futuro capaz. É urgente!!!!!!Bamos lá carago!!!!!!!!!!
terça-feira, 18 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
eu juro!!!!!!!!
Juro que estou a fazer o meu melhor...é uma jura séria e sentida. Não devia ser preciso dizê-lo mas aqui está...Estou a tentar mas está a ser realmente um esforço mas almejo o sucesso no final.
Já passou bastante tempo, todo o tempo que quis do relógio mas ainda não me esqueci de ti e de como te quis bem um dia (não que hoje te queira mal...só não te quero)...já se passaram muitas horas desde que me deixaste sem respostas...muitos dias...muitos meses até...desde que escolheste o que te fazia mais feliz...tiveste o meu apoio nisso...em tudo que te fez feliz. Só era bom perceber que olhares para mim como se tivesse feito algo de mal não é certo, porque não o fiz...fiz tudo direito. Sempre quis o teu bem antes do meu já tu nunca me perguntaste o que pensava o que queria...preferiste-te sempre não te posso condenar mas desta vez eu preferi-me em teu lugar....afinal foi sempre isso que te desejei o melhor e no dia de hoje não te desejo nada só espero não ver-te mais nos meus dias e esquecer as lembranças...mas nem isso eu posso!!!!!!!!!