terça-feira, 31 de agosto de 2010

hipnotizante ....


Bill: O que achas que devemos fazer?
Alice:
O que eu acho que devemos fazer? Não sei. Talvez nos devêssemos sentir gratos por termos conseguido sobreviver a todas as nossas aventuras, quer tenham sido reais ou apenas um sonho.
Bill:
Tens a certeza disso?
Alice:
Certeza? Apenas tanta quanto a certeza que tenho de que a realidade duma noite, quanto mais duma vida inteira, poderá alguma vez ser toda a verdade.
Bill:
E nenhum sonho é apenas um sonho.
Alice:
O importante é que estamos acordados agora, e esperemos que por muito tempo.
Bill:
Para sempre.
Alice:
Sempre? Não usemos essa palavra. Assusta-me. Mas gosto de ti. E há uma coisa muito importante que devíamos fazer o mais depressa possível.
Bill:
O quê?
Alice:
Foder.

[In Eyes Wide Shut de Stanley Kubrick]




(Um filme muitas vezes mal interpretado. As pessoas tendem a centrar-se demasiado na parte do sexo. E este não é, necessariamente, um filme sobre sexo e orgias. É um filme sobre relações, amor, desejo, a natureza não-monogâmica do ser humano. Como sempre, o Kubrick entra como ninguém na mente humana.

...e a cena do ritual é absolutamente hipnotizante.)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

mais uma...

ele - olá!! até que enfim que me atendes!!
eu - olá.
ele - que se passa? há 3 dias que não sei nada de ti!
eu - desculpa?!?!
ele - quer dizer...da menina...liguei para a tua mãe e ela disse que estavas doente...que se passa? que tens?
eu - estou doente
ele -ok..tb não quero saber!! posso falar com a menina?
eu - sim, claro...
....
...
...
mami o papi quer falar ctg..

...

eu - sim?
ele - mas o que tens? estás bem?
eu - estou doente.
ele - ok, também não quero saber!! e não quero mesmo!!
...
...
...


sei tão bem a tradução disto!! gostava tanto de ser menos espertinha...pfffffff

domingo, 22 de agosto de 2010

o não barulho...


silêncio... assusta-me por retumbar no vazio dentro de mim... e quando nada se move nem faz barulho, noto as frestas pelas quais me espiam as coisas incómodas e mal-resolvidas, ou se observa outro ângulo de nós mesmos e dou conta de que não sou apenas uma figurinha atarantada a correr entre a casa, o trabalho e o bar, a praia ou o campo...
O susto que essa ideia me provoca, quero ruído, ruídos!!
Silêncio... faz pensar, remexe águas paradas, traz à tona sabe Deus que desconcerto tão meu e com medo de ver quem – ou o que – sou, adio o confronto com a minha alma sem máscaras...

Nunca esqueci a experiência de quando alguém me pôs a mão no meu ombro de criança e disse:
**Fica quietinha um momento só, escuta a chuva a chegar...

E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: é nela que refaço para voltar mais inteira ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.


Então, por favor, dêem-me isso: um pouco de silêncio bom, para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito para além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

banda sonora das minhas lagrimas

Eu queria ser
alguém melhor
e ter assim razões
para crer
que o nosso amor
te importa
e me vais abrigar
se em teu coração
começar a chover
calando assim
a voz que me diz

nada mais o amor te deve
mas é o coração que o escreve
não queria temer pelo pior
nem pelo que o futuro pode ou não
vir a trazer
e se o nosso amor acabar
meu amor eu juro
que eu não quero mais viver

calando assim
a voz que me diz
nada mais o amor te deve
mas é o coração que o escreve

meu amor
não cantes esta canção
ela não pertence
ao mundo que eu quero
para nós
ela não vai embalar
o nosso amor.


[manel cruz - foge foge bandido]

não

E não me prendo a nada para não ter que sentir a sua perda. Esta poderia bem ser a frase que define os muita coisa menos boa. Esta poderia bem ser a minha frase. Mas da perda não quero mais e sei o suficiente para poder dizer com propriedade que sei do que falo. Tenho uma ideia aproximada. Da perda que fica ali... já não quero mais...

Não acredito em nada!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Sometimes I keep calm and carry on.
Other times I panic and freak out,
and there's another times when
I panic and carry on.