Bill: O que achas que devemos fazer?
Alice: O que eu acho que devemos fazer? Não sei. Talvez nos devêssemos sentir gratos por termos conseguido sobreviver a todas as nossas aventuras, quer tenham sido reais ou apenas um sonho.
Bill: Tens a certeza disso?
Alice: Certeza? Apenas tanta quanto a certeza que tenho de que a realidade duma noite, quanto mais duma vida inteira, poderá alguma vez ser toda a verdade.
Bill: E nenhum sonho é apenas um sonho.
Alice: O importante é que estamos acordados agora, e esperemos que por muito tempo.
Bill: Para sempre.
Alice: Sempre? Não usemos essa palavra. Assusta-me. Mas gosto de ti. E há uma coisa muito importante que devíamos fazer o mais depressa possível.
Bill: O quê?
Alice: Foder.
[In Eyes Wide Shut de Stanley Kubrick]
(Um filme muitas vezes mal interpretado. As pessoas tendem a centrar-se demasiado na parte do sexo. E este não é, necessariamente, um filme sobre sexo e orgias. É um filme sobre relações, amor, desejo, a natureza não-monogâmica do ser humano. Como sempre, o Kubrick entra como ninguém na mente humana.
...e a cena do ritual é absolutamente hipnotizante.)
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