Andava eu pelas ruas num destes dias de sol, parei para observar o que as pessoas falavam e descobri que ha muita, mas, muita gente mesmo, por aí infeliz por amor, pelo facto de não ser correspondida, ou ainda pior! Por não ser, e achar que é... Então pensei... Não andamos nós a não dar o devido valor as coisas? Não há coisas de “menos” a somar “demais”?
E nessa “observação” toda cheguei a seguinte conclusão:
Se eu me magoo e passo a odiar quem foi insensível comigo, esse problema é MEU, não do outro. O outro apenas não correspondeu às minhas expectativas, não deu o colo que eu achava que merecia, não foi o amigo que eu queria que tivesse sido. Ele foi ELE. EU é que queria que ele tivesse agido diferente. Então EU sou a responsável pelo que sinto.
Se me apaixono por alguém que não me corresponde o problema é meu e não do outro. Eu é quem criei um mito, formei expectativas, sonhei, fantasiei, etc. E quando cair na real, sou eu quem tenho que trabalhar essas minhas expectativas, o que essa pessoa tinha para me cativar?, por que me apaixonei por ela?. Não importa por que é que ela não correspondeu, o que se passa na cabeça dela, o que poderia ter sido feito. Importa os sentimentos que passam POR MIM e o que eu posso fazer para não voltar a sofrer, isto é; amar-me a mim, cuidar de mim e deixar tudo o que me faz mal para trás, porque se eu estou aqui tenho de viver, então que seja pelo menos em paz comigo mesma...
“Doente muitas vezes tive de beber remédios amargos contra vontade; eu pedia comida, e me recusavam. Para salvares teu corpo, suportarás ferro e fogo; se tiveres sede, não refrescarás a tua boca ressacada. E para salvares tua alma do que a faz sofrer não queres suportar nada? Todavia, esta parte do homem é mais preciosa que o corpo.”
