domingo, 8 de março de 2009

MULHER


QUEM SOU EU?
Uma mulher incomum.
A luz e o breu...
Exótica e comum.
Sim,isso é possível!
Sou oscilante.
As vezes erro,em outras sou incrível!
Eterna inconstante...
Amo infinitamente!
Apaixono-me...Enlouqueço.
De corpo,alma e mente!
Que até de mim eu esqueço.
Meus olhos são um poço infinito...
De amor,encantamento,bondade...
Olha-os por um minuto!
E verás toda verdade.
Eu não sou perfeita...
Nem dona da verdade!
Mas sou dona de mim.
Dona das minhas vontades.
Só espalho minha essência no ar...
Meu amor...Meus desejos.
Escrevo o que minha alma grita...
Goste quem gostar.
Eu sou alguém que podes contar sempre.
Alguém que te vai fazer rir...
E também chorar.
Porque sou transparente.
Sou verdadeira.
Amiga...Amante...
Guerreira.
Te darei a mão...Colo...Abraço
Te darei meu coração.
Eu não sei amar pouco
Ser pouco...
Dar pouco...
Ser mulher pouco...
AMIGA POUCO!
Sou uma mulher que se conhece e se permite!
Alguém que ousa e arrisca.
Uma mulher que ri...chora...ama...
Sou uma mulher!!

1 comentário:

isabel disse...

Obrigada pelo poema. Conheço bem o Álvaro de Campos. Engenheiro mecânico, com um cerebro em que ecoavam nada mais do que engrenagens. Também fumava ópio, e por isso esse 'cansaço' que ele tão bem descreve...
Nós não. Nós somos mentes mais 'isentas', acordamos para todos os dias ser a mesma pessoa. Pessoalmente, do FP, eu escolho o Alberto Caeiro. Poeta da natureza, para quem as flores nada mais são do que....flores. Dizia ele, que para que havemos de chamar outras coisas às pedras, que não apenas pedras, se é isso que elas são. Bom, isto tudo para dizer que as coisas são o que são, mas claro, aos olhos de cada um terão um significado diferente..Ora dá uma vista de olhos nisto:

Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
Que eu vejo no mundo escolhos
Onde outros com outros olhos,
Não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
Uns outros descobrem cores
Do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas
Onde passa tanta gente,
Uns vêem pedras pisadas,
Mas outros, gnomos e fadas
Num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,
Querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.

António Gedeão

Se queremos entender as crianças, é assim que temos que pensar, saber ver com outros olhos, para entender que (sim, os gajos são de Marte...) não somos todos iguais, e absorvemos os mesmos sentimentos de forma distintas...

Voltando ao FP e para terminar, fica aqui um dos meus eleitos, e que gosto de ler, e reler, e relerrrrr.....Porque não há nada melhor do que sermos livres, esta liberdade de ser quem somos, ainda que um reflexo do nosso passado, mas sem duvida nós, indivuduos 8ou invividuAS :) ÚNICAS!!!)

Enjoy:


Liberdade


Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer !
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não !
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...